sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Os segundos a sufocavam, de repente um grito agudo, gostas vermelhas no chão, e o silêncio.
Por favor, devolva-me meus pedaços, devolva-me quem sabe eu ainda possa cola-los e viver por mais alguns instantes, antes que eles novamente se partam, antes que eu os perca, antes que escureça.
As pessoas não me compreendem, nem ao menos se esforçam, me cansam com suas máscaras. Elas não enxergam a lamina fria afundando em meu coração, olham no fundo dos meus olhos e não enxergam minha alma. É inútil procurar alguém que enxergue mais que meus olhos, a muito tempo eu gastei minhas ultimas forças a procurar, mais acabaram junto com a vontade de tentar ser uma pessoa normal. A verdade é que meu sorriso engana, porém, minhas mãos geladas me entregam. Entregam meus cacos, minhas sobras, minhas lágrimas. Sinto sua falta, eu realmente queria  que por uma vez pelo menos você ficasse ao meu lado mesmo quando estou errada, que apenas me abraçasse, por que é quando eu mais preciso. É quando o sangue congela, a alma grita, o olhos choram, é quando eu preciso respirar, quando preciso de você.
E não me restou mais nada, até meus farelos o vento levou.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Por mais que eu esteja feliz pelas coisas estarem dando certo, eu prefiro não me iludir, é mais fácil acreditar que as coisas ruins voltam, mesmo que doa, mesmo que eu sangre, é mais fácil é mais real.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ele estava deitado no meu colo, olhando dento dos meus olhos, enquanto eu acariciava seus cabelos, e sorria por saber que dessa vez não era um sonho ele realmente estava ali. Foi um momento petrificado e guardado dentro de mim, junto com seu rosto seu sorriso suas palavras, junto com cada pedacinho que forma o meu céu.


Dedicado ao meu amor maior: André Branquinho

domingo, 24 de outubro de 2010

Mais um sábado infernal, eram 22h30min quando ela desligou o computador dirigiu-se até o quarto, fechou a porta, jogou-se na cama e abraçando o travesseiro chorou baixinho. Chorou e chorou ela lembrava-se daquela maldita noite em que beirava a calçada deixando um rastro de sangue. Aquela maldita noite que ele disse Adeus e foi pra longe... Longe de seus braços levando sua vida, aquela noite cujo céu estava lindo e  não deu importância, aquela noite que não dormiu, não se alimentou, não falou, não chorou, apenas respirou como se a restasse apenas o ar, como se o resto ele tivesse levado... Então ela fez uma promessa, prometeu que nunca mais acreditaria em ninguém e nunca mais amaria, não mais perderia noites de sono. E agora ela chorava por não ter cumprido a promessa e por acreditar nas mesmas coisas novamente. Ela chorava feito uma criança, por se sentir sozinha por ter frio e novamente ser abraçada. E mesmo sabendo que ela tinha alguém que costumava abraça - lá e dizer o quanto era especial, ela chorava por acreditar nisso tudo novamente, ingenuamente fez sua ultima promessa de que essa seria a última vez que acreditaria nisso tudo, e chorou até ter certeza de que o sol havia voltado foi quando ela tomou um banho vestiu-se e colocou sua mascara ensaiou um sorriso e novamente saiu como se nada estivesse acontecido.

sábado, 23 de outubro de 2010

Era sempre a mesma rotina, mesmas pessoas, mesmos dias. Ela corria contra o tempo, contra o relógio, contra si e quando finalmente o sol se ia ela fechava os olhos e por fim morria.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Preciso reconstruir-me o que me restou foram pedaços cacos e farelos. Passo horas esperando anoitecer na esperança de te encontrar, e me encontrar, na esperança de fechar os olhos e esquecer de respirar.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

As coisas parecem fáceis quando você está aqui comigo, e quando você se vai te acompanho com os olhos passo a passo até te perder no meio da multidão, e os pedaços que me restam sentem saudade, vontade de te abraçar, de correr até você e te beijar. Talvez você ainda não entenda o quanto eu preciso de você aqui, aqui comigo. Talvez você eu não seja o seu ar, nem a pessoa que você mais ama. Mas eu sei que preciso de você aqui, aqui comigo até o fim.
Ela escrevia uma história onde havia amor, sorrisos e um final feliz. Gotas salgadas molhavam o papel, quando percebeu que aquela história poderia ser real se não fosse à dolorosa saudade que trazia lembranças, arrependimento e mais gotas salgadas.

domingo, 17 de outubro de 2010

Não que ela tenha o sorriso mais lindo,  não que ela tenha uma vida dos sonhos, porém, ela sabia valorizar as coisas simples e isso a fazia uma garota perfeita.
Tive que cair e sofrer pra aprender a levantar e sorrir, e sinceramente não, eu não me arrependo de nada. Talvez se eu não tivesse sofrido eu nunca teria aprendido por que  deve-se  fazer as coisas certas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Prometi que ao nascer do sol  seria uma nova pessoa, prometi que mudaria, que ia esquecer tudo e que sorriria sempre, e novamente  me decepcionei comigo mesma.
Quando penso que as coisas ruins se foram, quando começo a sorrir, elas me voltam... Como uma faca que vem em direção do coração, então eu sangro... Sangro muito, mais do que as pessoas possam ver imaginar, sentir, e isso aos poucos esmaga tudo aquilo que resta de bom, me dói e ninguém pode me ouvir.
Desculpe-me ligar essa hora, mas eu precisava... Não me diga nada, não brigue comigo apenas me escute. Não liguei  para pedir que volte, nem pra ouvir você dizer que te decepcionei. Peço-te que permaneça em silêncio para que eu possa ouvir sua respiração, isso me basta.
Pessoas andavam depressa falando ao celular, uma mulher brigava com sua filha por algum motivo qualquer, caminhava lentamente um senhor de aparência sofrida, auto móveis se locomoviam em alta velocidade, as folhas secas dançavam embaladas pelo vento. Pude perceber, conceituar, definir, explicar tantas coisas. Engraçado entender tantas coisas, e não entender a única pessoa que realmente precisava, a minha pessoa.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fazia algum tempo que não escrevia sobre dor, de repente as coisas ruins me voltam, o coração aperta, um nó na garganta e lágrimas.  E o papel ? Esta cheio de novamente. Cheio de  sofrimento, cheio de dor, molhado de lágrimas, cheio de amor...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

E no fim se aprende que são nossos tombos que nos motivam a levantar.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nossas fotos fazem brotar sorrisos, lágrimas, lembranças e acima de tudo saudade.

domingo, 10 de outubro de 2010

Fazia algum tempo que ela não sentia aquela incrível sensação de estar no paraíso.

sábado, 9 de outubro de 2010

No fim do túnel sempre existe aquela luz que nos ajuda ou no mínimo renova as esperanças.
Não me faça querer dormir e nunca mais acordar, não me faça perder esse meu sorriso, essa minha vida. Por favor fique aqui comigo, só enquanto eu respirar.
Quando você disse adeus, o céu escureceu,  flores morreram, a vida foi se perdendo aos poucos até tudo chegar a esse ponto, sinto sua falta e isso me destrói.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ela vivia ensaiando sorrisos, histórias, amores, brincando de ser feliz.
Meus sonhos estarão sempre comigo, em dias de frio, em noites escuras, eu sei que eles estarão comigo mostrando-me um motivo pelo qual eu deva respirar.
Eu tento acreditar que amanhã tudo ficará bem, mais é tão difícil.
Enquanto as pessoas viajam, brincam, se divertem, estou aqui, em quanto a vida passa eu estou aqui, presa nas minhas próprias correntes, nos meus medos,  minhas dores, presa, de mãos atadas sem conseguir viver.
Inutil querer me definir, sou o que não tem forma, cor, alegria, amor sou o desconhecido pra mim mesma.
Agonio-me empurro a coberta até meus pés e lá estou eu novamente sem sono, olhando fixamente para o teto, à noite era calma, porém, mil pensamentos agitavam minha cabeça. Estico-me na cama que parece tão grande sem você, vagarosamente a solidão esmaga meu coração, e isso dói.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Volta nem que seja só pra devolver meu coração.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A gente parecia tão feliz, tão juntos... Isso até eu acordar e ver que foi só um sonho, mais um sonho.
Todos me dizem que eu deveria pensar em mim antes de pensar nele mais é tão difícil as pessoas não entendem, eu gosto, quero eu preciso.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Socorro socorro, roí minhas unhas, comi tudo que estava no armário, andei de uma lado para o outro, fiz barulho com a boca, quebrei o relógio aquele tic-tac me irritava, o que esta acontecendo comigo? Por que essa agonia toda? Foi só um dia...Só um dia sem você, só um dia sem sorrir, só um dia sem respirar...
 Eu não precisava entender, o que eu precisava já tinha, você.
Há algum tempo atrás ela ouvia musica por ouvir ao invés de ouvir as que faziam lembrar ele, costumava sonhar ao invés de estar nas nuvens, costumava não pensar em nada ao invés de só pensar nele, costumava, ter ciumes de seus livros ao invés de ter ciumes dele,  ficava bêbada ao invés de entorpecida, antes ela não morria de saudade, sempre tinha razão, antes ela não tinha um motivo pra acordar todos os dias.
Por onde eu caminhar você vai comigo, nem que seja só no coração mas você vai.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Estava caminhando, após um dia cansativo voltava pra casa quando começa a chover, sua roupa estava molhando e dessa vez ela não deu importância, rapidamente formavam-se possas d'água no caminho por onde ela passava sem desviar, olhava pro céu e não sabia se sorria ou se chorava, uma parte feliz e a outra amargurada. Era como se metade dela ainda acreditasse no final feliz, porem, só metade. Como se ela entrasse em conflito consigo mesma, não sabia, não queria mas preferia acreditar que as coisas iam melhorar.
Lá fora a noite era fria, as nuvens movimentavam-se assustadoramente, aqui dentro o escuro, a casa vazia onde seu fantasma vagava lentamente em busca de mim, procurava procurava e eu ali tão perto e tão longe encolhia-me segurando com as mãos a cabeça, o tic-tac dizia-me esconda-se esconda-se também gosto de brincar.

domingo, 3 de outubro de 2010

Naquele dia que te conheci soube que minha vida nunca mais seria a mesma, e quando você partiu levou uma parte de mim, a única parte que eu precisava, a parte mais importante...O meu coração.
Mergulhei nas tristes lembranças que tenho de coisas que passaram  mas que continuam comigo, coisas que minha boca diz ter esquecido mas que o coração ainda guarda. Coisas que fazem minha cabeça explodir, minha alma sangrar, que deixam meu olhos molhados mas minha vida seca.
As coisas foram mudando, pessoas foram mudando,  minha cabeça foi mudando, meus ideais também, embora ainda busque o  final feliz, busco o MEU final feliz não o nosso. E as vezes isso dói, mais só as vezes.

sábado, 2 de outubro de 2010

Uma enorme alegria  me cobre por saber que meu querido irmão é doente, imbecil, babaca, retardado, tanso, chato, sem graça, invejoso,  idiota, feio, burro, se acha e não satisfeito faz da minha vida um inferno. As vezes tenho vontade de esbarrar com sua cabeçinha oca na parede, mais se estragar a parede mamãe briga, então não pode. Apesar de todas suas qualidades eu te amo ( só porque eu não tenho outra escolha, infelizmente, é )
FODA-SE era isso que a tanto tempo ela queria falar, sim desejava falar isso pro doente do seu pai, seu irmão retardado, sua mãe tansa, seu namorado imbecil, suas amigas do caralho e pra toda essa merda que chamam de mundo. Nesse dia ela saiu, deixou a aliança em casa, mudou o cabelo, passou maquiagem e saiu, saiu pra beber, dançar, ela saiu pra se divertir, pra ser ela mesma nem que seja uma vez na vida, ou enquanto essa loucura durar.
Ela corria na esperança de encontrar a felicidade, na esperança de deixar pra trás  o passado e tudo de mal que ele a fazia. Na esperança do sorriso, na esperança de se encontrar.
Prefiro acreditar em mim, assim se eu me decepcionar será comigo mesma.
amigo, inimigo, salvação e morte. O tempo, cruel tempo que corre quando preciso-o petrificado, que se petrifica quando desejo que passe rápido. Tempo que com lágrimas faz eu espera lo agoniada, que faz meus sorrisos durarem instantes e minha dor uma eternidade. Tempo que me odeia,  me amordaça,  me corrói, consome, que me mata.
Eu já nem sei mais onde posso me encontrar só sei é que não é em você. É como se eu preferisse sofrer a me perder.
"Fica o vazio, após o tchau. Fica o fantasma, quando o concreto se vai. Ficam as marcas de poeira ao redor dos quadros e os longos fios substituindo o ar. Ficamos eu e você, aqui e aí. Um vazio momentâneo, uma saudade permanente, uma dor que vai e vem, alternada com uma apaixonada e obcecada psicose, que só entende quem sente.Mas vai passar."

                                                                                             Lucas Silveira.