terça-feira, 31 de agosto de 2010

Era tarde, como sempre eu estava sem sono, agoniada empurrei o cobertor até meus pés e permaneci ali olhando para o teto durante alguns minutos. Entediada, levantei, abri a porta, senti o vento frio da madrugada arrepiar meu corpo. Sentei na velha cadeira de ferro que há anos ficava na varanda, olhei para o céu e notei que este estava lindo, havia estrelas e a lua iluminava toda a cidade. Olhei para meus dedos e ao ver a aliança fechei meus olhos e sorri levemente me lembrando como ela havia parado em meu dedo. Era dia dos namorados estávamos “juntos” a meses, lembro que passei horas procurando algo que agrade você para lhe presentear. Você iria viajar no dia dos namorados, por isso eu lhe entregaria o presente na volta. Como fazia todos os sábados, sai de casa para ir ao curso, por coincidência nos conhecemos lá. Como sempre as aulas seguiram chatas, você havia faltado, quando a aula terminou, fui para casa normalmente, quando estava pondo os pés para fora da porta de saída vi você no portão estava de braços abertos, corri o mais rápido que pude e me joguei nos seus braços, ainda podia me lembrar de como estava feliz aquele dia por te ver ali. Conversando percebi que você havia esquecido o dia dos namorados, então pedi para uma amiga dar um toque, e você? Infeliz, disse: é sábado que vem. Estava com uma vontade de te matar por isso, não lembrar o dia dos namorados é dose. Fingi que também não sabia, depois de uma conversa resolvemos fazer algo diferente, então fomos até o ponto mais alto da cidade, na verdade é um ponto turístico uma escadaria gigantesca com uma base em cima, subimos os degraus exaustos, e já havia anoitecido, então chegamos ao topo e compensou, a vista era linda, víamos toda a cidade iluminada, a Bahia da Babitonga, além disso, a noite estava linda, no céu milhares de estralas e a Lua que só deixava mais romântico esse momento, lembro que você pediu que eu fechasse os olhos e abrisse a mão, obedeci com um sorriso, suavemente colocou sobre a palma de minhas mãos um caixinha e quando abri os olhos explodiu algo no peito, era  as alianças, então você mencionou aquelas palavras que nunca poderei esquecer “Eu te amo meu amor, eu nunca ia esquecer do dia dos namorados” essas palavras deixaram minhas pernas bandas meu coração querendo saltar do peito. Boquiaberta travou minhas pernas, minha fala eu não conseguia parar de olhar dentro de seus olhos. Então finalmente eu abria a boca “Eu também te amo meu amor” Foi tudo que consegui dizer antes de você me puxar e me beijar. E ainda sorrindo deitada na velha cadeira de ferro, ainda sentia um friozinho na barriga, abri meus olhos e sorri ainda mais, pois, sabia que desta vez eu não estava sonhando, não desta vez.

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